"Onde não puderes amar, não te demores."
Frida Kahlo
Há quase seis anos, após olhar para as escolhas amorosas que tinha feito na vida, percebi que na maioria das vezes me envolvi com as pessoas erradas, pelos motivos errados.
Se havia um ponto que me agradava, já era motivo para eu ficar e dar uma chance para ver se o amor criaria raízes ali.
Quando percebi que não, decidi ficar só.
Eu já tinha vasta experiência naquilo que não queria para mim, precisava agora partir em uma jornada pessoal e solitária para descobrir o que eu queria.
Sim, houve amor na caminhada. Carinho também, mas nada que fizesse meu coração pulsar nem que me causasse borboletas no estômago.
Ninguém que eu quisesse apresentar para a família, ninguém que fizesse meus olhos brilharem mais do que os de mulher interesseira quando ganha uma joia cara.
Ninguém pra quem eu quisesse contar meus traumas da infância e meus sonhos mais malucos.
Ninguém de quem eu tinha orgulho de falar.
Muitas pessoas passaram pela minha vida desde a decisão que me separaria daquilo que é bom do que é maravilhoso.
Muitas foram ótimas, divertidas e deixaram um rastro bom no meu caminho.
Aprendi muito com todas, até mesmo com aquelas que não despertaram nenhum sentimento de admiração.
Eu ficava enquanto a troca parecia satisfatória.
Depois, arrumava minhas coisas, meu coração e partia carregando um bloco de notas mentais com todas as lições tiradas.
Sem mágoas, sem ressentimentos.
Só aquele sentimento de que meu tempo ali findou.
Apesar da experiência, por diversas vezes me demorei demais em algumas relações que, desde o início, davam indícios de estarem fadadas ao fracasso.
E eu sei que não estou só, não é mesmo?
Quantas vezes nos acomodamos em situações por parecerem confortáveis e agradáveis e ali vamos ficando e ficando e ficando?
Bobagem. Perda de tempo.
Não é certo se contentar com um sentimento meia-boca, com um abraço meia-boca, com uma companhia meia-boca, com um beijo meia-boca, com uma foda meia-boca.
Melhor sair daí. Rápido. Rasteiro.
Não há garantia de que encontraremos o amor das nossas vidas na próxima esquina, mas as chances são bem maiores do que se ficarmos acomodados numa relação baseada no tanto faz.
Ser o tanto faz para alguém é autossabotagem, conosco e com a nossa felicidade.
Nós merecemos muito mais.
Você não acha?
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