"A caixa de Pandora é o próprio coração do homem."
Oseias Avelar Costa
Primeiro, tentei entender.
Depois, só remoí. E remoí mais um pouco.
Torturei-me até me dar conta de que fazer isso não me trazia paz alguma.
Tampouco me fazia chegar a uma conclusão que fizesse algum sentido ou que tornasse a dor menos doída.
Resolvi deixar pra lá.
A gente tem essa mania de dizer que vai deixar pra lá, mas cada história, cada experiência se torna parte de nós.
Como deixar pra lá o que já está intrínseco em nosso ser?
Como deixar pra lá o que já está intrínseco em nosso ser?
A gente guarda, não tem jeito.
Foi o que fiz. Fui guardando.Todas as dores, os dissabores. Cada mágoa e toda a confusão que me tirava o sono. Tudo que me fazia mal.
Juntei tudo e trancafiei na minha Caixa de Pandora.
Tudo foi tão bem acomodado, tudo estava tão confortável, que por um bom tempo tudo ficou em paz.
Parecia que estava tudo em paz.
Só que machucados mal tratados não se curam sozinhos.
Bastou abrir uma frestinha da caixa.
Está tudo lá.
A gente não esquece. Simplesmente se acostuma. Muda o foco.
Mas ainda está tudo lá.
E a única coisa que conforta é saber que, em meio às coisas ruins, há um sentimento bom que se sobressai.
A esperança.
By Milena Pelinson
*Foto: para fins de direito de imagem, a foto usada não é de minha autoria e o autor não foi identificado.
*Foto: para fins de direito de imagem, a foto usada não é de minha autoria e o autor não foi identificado.
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