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Amor é mar




Certos estão os poetas e os aspirantes a tal. Tudo que precisamos é de amor.
Mas antes de prolongar a conversa, esse não é um texto que vá discutir o casamento, aquele assunto manjado de que ninguém vive de amor.
Hoje eu acordei pensando no amor que permeia minha vida, e o intuito é só dizer que ninguém vive SEM AMOR.
Os que declamam de boca cheia o discurso "é bem possível ser feliz sozinho", sinto muito, mas de amor nada entendem.
Atrelar o amor, única e exclusivamente, ao sentimento vivido entre casais é diminui-lo de maneira injusta. Diria que até profana.
Amor é o que me move. E se ele não te move, sugiro que reveja seus conceitos, porque tenho certeza de que, num futuro não tão longínquo, um vazio tomará conta do seu ser. Um vazio que torço para que aprenda a preencher.
Banalizar esse sentimento está tão intrínseco no cotidiano, que ouso dizer que muita gente - muuuita gente - ainda não o sentiu e, se já sentiu, até esqueceu como é.
Gente que se contenta em viver à margem do amor, me dá aflição. 
Gente que se põe em superioridade a ele, me dá pena.
De relacionamentos falidos à amizades superficiais. De gente que prefere passar os dias amando em via de mão única em vez de se abrir para o novo. 
Todo mundo merece amar, todo mundo merece se sentir, verdadeiramente, amado. Pela família. Pelos amigos. Pelo cachorro. Por aquela pessoa que se ama.
A intensidade do amor que transmitimos é a mesma que merecemos como recompensa. Nunca se contente com menos que isso.
Para sentir o amor não dá pra ficar na beirada. Amor não é colocar só os pés na água.
Amor é mar, onde se tem a obrigação de mergulhar. Às vezes, a gente se afoga, é verdade. Mas quando nosso ser transborda amor, sempre existe alguém interessado em nos salvar.


By Milena Pelinson


*Foto: para fins de direito de imagem, a foto usada não é de minha autoria e o autor não foi identificado.

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