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O inventor do amor está incrédulo


Quem inventou o amor, com certeza está pensando "What the fuck are you doing?"
Não, a fórmula do amor não é de minha autoria, mas é isso que sempre penso quando noto a futilidade que envolve os relacionamentos da atualidade.
São relações mantidas por status, orgulho, conveniência, carência.
E o amor que é bom? Tem sim, claro. No Facebook. No Instagram. No raio que o parta. De sobra.
No coração, só um desejo patético de querer que os outros invejem uma fictícia vida feliz.
Mas qual o problema, não é mesmo? O importante é ter alguém.
A sociedade estereotipou a felicidade, e os alienados aderiram esse conceito de que namorar, noivar, casar e ter filhos é primordial. 
De fato, essa é uma maneira de ser feliz. 
O problema é que, quanto mais observo e reflito, dou-me conta de que, hoje, as pessoas têm se relacionado pelos motivos errados. E estão pagando caro.
Pagam com o tempo que não volta. Com o amor verdadeiro que poderiam ter conhecido. Pagam com a própria felicidade. 
E felicidade, gente, não se barganha. Ponto.
Num mundo onde as aparências reinam, um ode aos casais que têm coragem de soltar as algemas que lhes prendem à infelicidade.
Amor e felicidade são complementares. Se falta um dos dois no relacionamento, saia fora. É uma cilada.
É inimaginável uma vida feliz sem amor, e a recíproca é verdadeira. 
E sabemos que é amor quando abrimos mão dos títulos "namorada/noiva/esposa" para nos tornarmos parceiras de vida de alguém. Alguém que,  ao final do dia, quando colocamos a cabeça no travesseiro, pensamos "puta merda, como sou uma filhadaputa de sorte".
É amor quando damos mais valor em firmar uma aliança verdadeira, e em dizer sim ao relacionamento todos os dias, mesmo quando estamos com raiva, do que em trocar alianças e um sim no altar.
É amor quando nos preocupamos mais em sentir do que em mostrar. 
É amor quando investimos nosso tempo cuidando dele, não nas redes sociais, mas no dia a dia.
Felizes aqueles que já perceberam que o amor é o sentimento que nos move. Que nos torna melhores. E que a consequência de tê-lo em nossas vidas é ganhar a felicidade de brinde.
E se você pensa como eu, podemos juntar nossas felicidades e compartilha-lhas. Não nas redes sociais, mas num canto. Num quarto. Bem agarrados.
Pra sempre.

By Milena Pelinson



*Foto: para fins de direito de imagem, a foto usada não é de minha autoria e o autor não foi identificado

Comentários

  1. Parabéns pelo texto. Aliás a cada dia que passa as pessoas estão mais conectadas e desconectadas, aficionadas em rótulos que a sociedade cobra, "status" e acabam se esquecendo da sua própria essência, querem ter a cereja, mas não tem nem o bolo. Continue postando. Gostei muito! Bj

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