E então chegará o dia em que você me levantará nos braços, envolvendo-me em um rodopio e naquele abraço apertado que há muito tenho ansiado.
E, nesse dia, fixarei meus olhos nos seus e deixarei que eles te mostrem tudo aquilo que está sufocado em meu peito e preso na garganta. E será nesse mergulho às profundezas do meu âmago, que você me enxergará com clareza, sem os artifícios que, normalmente, uso para não ser decifrada.
Você poderá ver meus devaneios, meu sorriso involuntário no meio do dia ao lembrar de um momento nosso, meu desejo de passar horas deitada ao seu lado, com as pernas entrelaçadas, compartilhando trivialidades, sonhos, planos, risadas.
E a cada mergulhada rumo ao fundo da minha alma, você me desvenda mais e passa a ter acesso irrestrito a tudo que sou, passando a me entender como se eu fosse uma equação simples.
É quando pisco e seu mergulho em meu mundo particular chega ao fim.
E, agora, estou despida diante de você. Sem máscaras, sem receios. Esperando você se juntar a mim para que, enfim, possamos mergulhar juntos.
By Milena Pelinson
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