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Grandes encontros

"Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure." - Vinicius de Moraes

E tão de repente como veio, você se foi.
E esses dias frios de setembro me lembram tanto você. Me trazem uma miscelânea de lembranças e sensações de uma realidade não tão longínqua.
O ar gelado me invade, congelando meus pulmões e, em contrapartida, meu coração se aquece e se alegra. 
Sinto, novamente, aquela ansiedade e frio na barriga que antecedem o encontro tão sonhado.
Sinto saudade, confesso. Mas é uma saudade que aconchega. Que aperta, mas não dói, simplesmente porque sei que as coisas não podiam ser diferentes entre nós.
E nem por isso deixaram de ser bonitas. E especiais. E importantes. E raras. E inesquecíveis.
Quilômetros e mais quilômetros separam meu abraço do seu. Meu riso do seu. Meu cheiro do seu. Minha alegria da sua. Minha vida da sua.
E, apesar de parecer um texto melancólico, escrevo, apenas, para retratar uma deliciosa nostalgia e a alegria por seu caminho, algum dia, ter cruzado o meu. Por sua vida ter floreado a minha. Por esse encontro ter acontecido.
A vida sempre nos reserva grandes encontros.
Meu desejo é que sempre consigamos identificá-los e que não meçamos esforços para que aconteçam. 
Não importa se serão permanentes ou se durarão, somente, uma estação. O essencial é que nos toquem a alma.

By Milena Pelinson

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